sexta-feira, 6 de abril de 2012

Silent Stream of Godless Elegy “Návaz”


Silent Stream of Godless Elegy
“Návaz”
2011 Season of Mist


O inicio deste ano dá-nos a conhecer o sexto lançamento dos pioneiros do Doom/Folk, SSOGE, que, surgidos em 1995 na região da Morávia na Republica Checa, nos presenteiam com mais um magnífico manancial de músicas inspiradas na tradição e folclore locais.
Apesar dos problemas a nível de membros da banda que saíram entre os álbuns “Themes”(00) e “Relic Dances”(04) deixando apenas o guitarrista Radek Hajda e o violoncelista Michal Sýkora, o agrupamento conseguiu ganhar dois Grammys (a partir de 2005 designado por Andĕl), com esses dois lançamentos no seu país de origem. E este álbum não foge à qualidade com que o agrupamento já nos presenteou…
Vertendo reconfortantes tonalidades naquele aperto que nos aproxima da dor, descobre-se uma ilustre beleza em cada música. Além do soberbo contraste entre os vocais masculino e feminino, os instrumentos (entre os quais se evidenciam o dulcimer, o violino e o violoncelo) por vezes nos impregnam com um sentimento tão épico que nos fazem acreditar que cada melodia deste álbum tenha o condão de nos aquecer para além de qualquer inverno. Talvez o lugar onde vivem seja mesmo mágico se inspirou o agrupamento a criar músicas tão maravilhosas embora tenha a certeza que SSOGE sempre esteve além do mundano.
Bem-vindos de volta!
(9,5/10)
Jorge Ribeiro de Castro
crítica publicada na "Versus Magazine"

Sigh “In somniphobia”


Sigh
“In somniphobia”
2012 Candlelight Records


Não é pedir muito se pedimos que haja alguma luz quando o cenário é tão negro quanto a nossa imaginação abalada pelo medo. Por vezes, até descaímos em gargalhadas quando nos lembramos de que esse terrível sentimento não tinha razão de existir. No entanto, a nossa essência é assim, facilmente atordoada pelas incongruências de quaisquer realidades. Nisso, os japoneses Sigh são mestres… Eles, que nunca tiveram que fazer vénias para agradar a uma legião de mentes fechadas, conspurcando assim a sua criatividade com a infantilidade de criar o que se pede, não o que se deseja! Formados em 1990, já desde cedo elevaram a mais bela ode a traumatismos insanos, agarrando qualquer fronteira, trespassando-a com o despejar de maravilhosas e delirantes ideias e fazendo com que qualquer paisagem não tivesse apenas as cores e os sons a que o cérebro está acostumado. Com esta nona edição, o agrupamento apresenta-nos um pesadelo que revolve por diversos estilos musicais, como se esse fosse um lancinante jardim do qual não queremos nos aproximar. Bem, isso talvez dependa do quão aberto se está ao que é estranho, pois ouvir um álbum que funde de forma tão pouco ortodoxa heavy-metal, música clássica, música tradicional indiana, Stockhausen e Xenakis não é para todos. Aliás, se estivermos sempre a fincar o pé no mesmo pedaço de terreno, de certeza que este se afundará. É o preço a pagar por não desejar sair da zona de conforto. Só que, por vezes, nos empurram…



9,5/10
Jorge Ribeiro de Castro
crítica publicada na "Versus Magazine"

Shear “Breaking the stillness”


Shear
“Breaking the stillness”
2012 Lifeforce Records 

Oriundos da Finlândia e tendo firmado o alinhamento em 2008, Shear é composto por membros de Elenium, Imperanon, Omnium Gatherum, Amoral e Crystal Blaze e praticam uma sonoridade que tem como influências o metal melódico, power-metal sinfónico e rock clássico. O seu debut, “In solitude”, foi editado por conta própria um ano mais tarde, uma pujante revelação para um estilo um tanto saturado pelas incongruências de demasiadas melodias adocicadas. A verdade é que não interessa quem está num agrupamento, nem o estilo que pratica, desde que este transborde de qualidade. Um álbum de estreia pode ter muitos espinhos que não fazem falta, o que se evidencia ainda mais no facto de demonstrar uma aderência particular que não pressupõe originalidade. Shear pode não ser, com este lançamento, uma banda que mudará algum coisa no contexto musical, mas demonstra que tenta singrar um caminho que lhes cativa. A audição deste álbum mostra que este incorre em melancolias a meio gás, aquele sabor a algo doce que, mesmo assim, aperta. Talvez o tempo mude alguma coisa nas suas influências já que os seus instrumentistas são excelentes e certos ritmos e melodias não soariam descabidas em agrupamentos ainda mais pesados. A pérola que enaltece este álbum é a voz de Alexa Leroux que ora soa límpida, ora um tanto mais ríspida e cativa em ambos os aspectos. Talvez mais algum tempo e Shear possa demonstrar que é uma banda à parte de todas as outras que tocam o mesmo género… vezes sem fim.


7,5/10
Jorge Ribeiro de Castro
crítica publicada na "Versus Magazine"

Forest Stream “The Crown of Winter”


Forest Stream
“The Crown of Winter”
2009 Candlelight



             A melancolia é um estado de espírito que arrasta um sorriso sem sabor, uma queda quase interminável por uma única estação onde o calor faz falta. Olhando para o horizonte, tentamos descobrir algo que nos dê forças para continuar a nossa jornada sabendo que talvez seja uma demanda onde o sonho já não nos quer.
            Surgindo em 1995, os seus lançamentos anteriores demonstraram capacidades musicais de qualidade e apesar de passarem por diversos problemas que toldaram o agrupamento por momentos, os russos Forest Stream lançam o segundo álbum, “The crown of winter” em 2009, dando-nos a conhecer que a criatividade não foi abalada.
Senhores de uma apaixonante nostalgia embelezada por insinuantes melodias que por vezes roçam o épico, é agradável a submissão ao desespero invernal embora em outros momentos nada mais nos vale a não ser a tempestuosa adrenalina quando a rota a seguir rasga desenfreadamente a nossa audição.
A apresentação deste álbum foi a 15 de Novembro do ano passado no Relax, em Moscovo, tendo sido gravadas várias músicas do seu reportório de modo haver uma edição em dvd. Para além da qualidade que se espera de um tal lançamento, de certeza que o sorriso e a melancolia serão bem-vindas.
            Em suma, sem muito pudor ou originalidade, muito porque, além de um certo cunho pessoal, poderemos encontrar óbvias influências de bandas grandemente conhecidas (Tiamat, Opeth, Emperor), o sentimento e a qualidade existem e esses são os factores mais importantes para conquistar quem aprecia música. Que perdurem!!!

(8,5/10)
Jorge Ribeiro de Castro
crítica publicada na "Versus Magazine"

Insomnium “Across the Dark”

Insomnium
“Across the Dark”
2009 Candlelight

            Se ao cair da escuridão nos sentimos frágeis, presos às memórias de quando a luz nos fazia sentir vivos, o melhor será prosseguir com cuidado de modo a que não hajam surpresas. Não importa o fogo que nos toque, existe sempre aquele desejo de caminharmos em terreno seguro…
Apesar de terem uma carreira iniciada em 1997, os finlandeses Insomnium sempre percorreram o caminho oferecido pela sonoridade que mais lhes agradava, death – metal melódico, apenas ligeiras diferenças a cada álbum lhes posicionando um pouco mais acima a nível de estatuto.
Este seu novo lançamento começa com uma suave melodia acústica que nos enlaça em contemplação para depois surgir o tumulto onde a voz cavernosa e a insinuante entoação trucidam a paz de outrora, imiscuindo no nosso ser a ansiedade por algo que brilhe… ou assim o agrupamento desejava.
Embora cada música de “Across the dark” mostre a razoável qualidade que o grupo já nos ofereceu em álbuns anteriores, surge sempre aquele cómodo teor que demonstra que têm pálidas certezas em relação ao caminho a percorrer. É de notar que certas melodias são bem trabalhadas, o cariz melancólico, épico e progressivo sendo factores pertinentes que se conjugam bem com a dualidade de vozes. Os teclados são tocados por Aleksi Munter (Swallow The Sun), enquanto os vocais limpos são interpretados por Jules Nãveri (Profane Omen, Enemy of the Sun) mas ambos, embora possuem uma qualidade impecável, não conseguem tornar as músicas memoráveis.
 Em suma, se existem bandas que tentam engrandecer a sua música com a inovação, Insomnium padece daquele indistinto ranger que é ser uma das carruagens de um poderoso comboio que nunca faz desvios.
(6,5)/10)
Jorge Ribeiro de Castro

crítica publicada na "Versus Magazine"

Primordial - Interview

1 – Greetings! First of all, I would like to congratulate Primordial for such a superb album. As a fan since the 90’s, it feels great to know that you’re still a high motivated band capable of unleashing such passionate songs. Anyway, there was a period in which you didn’t feel like that… How difficult was to surpass the problems fame brings and the momentary delirium of seeing the band about to perish due to a broader fame after many years working together as a tribe of blood brothers? Death is never a beautiful experience when faith trembles…


- Sounds simple but life is life. It happens, you have lows and you have highs. Some of us cope with being in a band better than others. There is always temptations, sometimes it’s like living in an alternate reality and can be easy to lose your grip. We had some dark moments last year and I don’t think the darkness will ever completely leave but maybe you need that sometimes to gain some insight and perspective.


2 – Being stated by others as a Pagan/Folk band, you’re way unique than many out there which were framed on that heathen (somewhat influenced by power-metal) canvas long after you appeared. As that tag is a broad definition for a lot of bands, what Primordial considers being and represents albeit there is clearly inspiration from the Irish folk roots?


- To be honest it’s just lazy journalism. People make assumptions based on hearsay. Its obvious we have some references here and there on some of the older albums to ‘paganism’ or a pagan viewpoint or elements of folklore in a couple of songs which I use as metaphors for modern life but nothing more. We have some influence from irish traditional music but Primordial is not a folk or pagan metal band, it’s about the here and now, we use real history to make modern reference points. There’s no fantasy or escapism. Of course we have fans within that scene and we do have this Heathen feeling which is important but there’s a lot of grey to the black and white shades.


3 - Do you feel a bit left aside, regarding promotion, by the labels you were signed to or the Metal press as almost two decades after appearing on the scene you had a better chance, through Metal Blade, to be acknowledged as one of the best Metal bands out there? After all, you never changed your sound or had less quality, just improved it, a pity that it had to be a certain trend to bring you even higher…


- Possibly. I always thought we deserved more than we received but what goes around comes around and maybe it was better to grow slowly rather than get instant success and slowly ascend like some of our peers. It’s not just the pagan metal scene carrying us it’s also mainstream metal fans as well. It’s better not to live with regret and just keep looking forwards.


4 – The writing for a new album is always a stressful yet highly motivating force for a band. Hearing “Redemption…”, it feels as, even if it’s called the “death” album, there is still the cries of revolt that inflames the spirit. Does Primordial consider it their own redemption for letting the common mistakes of being human disturb the band? Do you, as the lyricist, consider this your own requiem or, if there is no “light” in this planet, the world’s one?


- Difficult to say really, I suppose in many ways last years events do place this redemptive frame around the album but this makes sense in many ways. We all search for some form of redemption from our natural impulses to do what society has told us is wrong or unjust. This is the search for redemption and also for revelation to make sense of it all in a ‘spiritual’ context.


5 – A man’s knowledge about the world around him makes him a better judge of himself although it may not bring a happy ending… A great Portuguese poet and writer from the beginning of the XX century, Mário de Sá Carneiro, also dealt with questions related to mortality, committing suicide at 26 years of age. One of his books, A Loucura – The madness – narrates his fears of aging... So, since Primordial’s inception how much of the world’s events and history’s lessons, have inspired you to write the lyrics? How much was dragged of you just to disperse thoughts and emotions… even fears, to help you carry on?


- I think it’s essential in every way. It my catharsis and also my own personal and very public diary, it helps me cope somehow with these emotions as as hopefully it does for the listener. All I can write about is from my own perspective, how I engage with the world around me.


6 – Although the cover seems minimal, in my opinion the symbol in it describes perfectly what one may expect when hearing the album: the dread that pounds at light. Who drew it and what it represents exactly?


- It’s part of a six part series, a memento mori series from the 17th century as I understand it. I’ve always been drawn to these medieval post reformation images and woodcuts dealing with death. Originally I wanted it as a tattoo but it began to make more sense as the album cover. The hand in the middle we added, this represents puritanism and temptation.


7 – You have a DVD out, “All Empires Fall”. It may be hard as you are in the “inside” but do you think the effort put in its production captures very well what the band wishes to transmit in a live format? What has been the media and fans’ reaction to it?


- Personally I think it’s one of the best metal dvd shows ever released and I mean that sincerely. The camera angles and style it’s shot in is without doubt something new and innovative and it can hold up to repeated viewing. So far everyone seems to have appreciated it.


8 – There may be a bitter end but your music is far from that! Anyway, I thank you for your kind answers and wish you all the best. Hope to see you soon in Portugal! Keep the spirit inflamed!!!


- As always. Joy and strength. Bloodied yet unbowed to the bitter end.

interview published in portuguese in "Versus Magazine"

Primordial - Entrevista


PRIMORDIAL

DA MORTE À REDENÇÃO



            Entrevista feita por Jorge Ribeiro de Castro (Versus Magazine)



Com uma carreira de mais de vinte anos, vários álbuns editados e algumas dores pelo caminho, Primordial apresenta em 2011 uma nova carga de adrenalina que revela que a inspiração não lhes traz descanso. Porque a qualidade é uma das melhores facetas deste agrupamento, aqui ficam as respostas intuitivas e filosóficas de Alan “Nemtheanga” Averil.





Saudações. Primeiro que tudo gostaria de congratular Primordial por um álbum soberbo. Sendo fã desde os anos 90, faz-me bem saber que ainda são uma banda muito motivada, capaz de criar canções tão fervorosas. No entanto, houve um período em que não se sentiram assim… Quão difícil foi de ultrapassar os problemas que a fama traz e o delírio momentâneo de ver a banda quase a fenecer após tantos anos a trabalharem juntos como uma tribo de irmãos de sangue? A morte nunca é uma experiência bonita quando a fé abala…

Parece simples mas a vida é a vida. Acontece, temos baixos e altos. Alguns de nós aguentam melhor com o facto de estarem numa banda do que outros. Há sempre tentações, algumas vezes é como viver numa realidade alternativa e perdermo-nos pode ser fácil. Tivemos alguns momentos sombrios e não penso que a escuridão irá desaparecer para sempre mas talvez precisamos disso por vezes de modo a ganharmos algum discernimento e perspectiva.



Sendo designados por várias pessoas como uma banda Pagan/Folk, são, no entanto, mais invulgares do que muitos por aí afora, estes tendo sido enquadrados naquela tela pagã (de alguma forma influenciada pelo power-metal) muito mais tarde após vocês aparecerem. Como essa designação é uma extensa definição de muitas bandas, o que é que Primordial considera ser e representar embora exista clara inspiração nas raízes folclóricas irlandesas?

Para ser honesto, tal é apenas jornalismo preguiçoso. As pessoas fazem pressupostos baseados no que ouvem dizer. É óbvio que temos algumas referências aqui e ali, em alguns dos álbuns mais antigos, ao “paganismo” ou a um ponto de vista pagão ou a elementos de folclore em duas canções, que eu uso como metáforas para a vida moderna mas nada mais. Temos algumas influências da música tradicional irlandesa mas Primordial não é uma banda folk ou pagan metal. É sobre o aqui e o agora, usamos a história verídica de modo a vir com pontos de referência modernos. Não há fantasia ou escapismo. Claro que temos fãs dentro dessa cena e temos este sentimento Pagão que é importante mas existe muito de cinzento nas tonalidades de preto e branco.



Sentem-se um pouco postos de parte, em relação ao aspecto promocional, pelas editoras que assinaram ou pela imprensa Metal já que, quase duas décadas após aparecerem na cena, tiveram uma melhor oportunidade, através da Metal Blade, para serem conhecidos como uma das melhores bandas de Metal actuais? Afinal de contas, vocês nunca mudaram o vosso som ou tiveram menos qualidade, apenas melhoraram-na, pena que teve de ser uma certa moda que os fizeram ser mais conhecidos…

Possivelmente. Sempre pensei que merecíamos mais do que recebemos mas o que vai, volta e talvez fosse melhor termos “crescido” devagar do que sermos um sucesso instantâneo como alguns dos nossos pares. Não é apenas a cena pagan metal que nos segue mas também os fãs do metal mais mediático. É melhor não viver com remorsos e olhar sempre em frente.



A escrita para um novo álbum é sempre stressante embora seja uma grande força motivadora para uma banda. Ouvindo “Redemption…”, parece que, embora seja chamado do álbum da “morte”, ainda existem os gritos de revolta que inflamam o espírito. Será que Primordial considera-o a sua própria redenção por deixarem os erros comuns de ser-se humano perturbar a banda? Será que, como letrista, consideras este álbum o teu próprio “requiem” ou, se não existe “luz” neste planeta, o do mundo?

Difícil de dizer. Suponho que, em muitas maneiras, os eventos dos anos passados colocam esta moldura redentora à volta do mundo mas isto faz sentido de várias formas. Todos nós procuramos por alguma forma de redenção dos nossos impulsos naturais para fazer o que a sociedade nos disse ser errado ou injusto. Esta é uma procura de redenção e também de revelação de modo a que tudo faça sentido num contexto “espiritual”.



O conhecimento de um homem acerca do mundo ao redor dele faz com que seja um melhor juiz de si próprio embora tal poderá não trazer um final feliz… Um grande poeta e escritor português do inicio do séc. XX, Mário de Sá Carneiro, lidava com questões relacionadas com a mortalidade, cometendo suicídio aos 26 anos. Um dos seus livros, A Loucura – narra os seus medos de envelhecer… Assim, desde a criação de Primordial, quanto dos eventos mundiais e lições de história, inspiraram-te para escrever as líricas? Quanto foi retirado de ti de modo a dispersares pensamentos e emoções… até medos, de modo a ajudar-te a avançar?

Penso que é essencial em tudo. É a minha catarse e também o meu diário pessoal e muito público. Ajuda-me a aguentar de alguma forma com essas emoções tal como o faz de maneira esperançosa com o ouvinte. Tudo o que posso escrever advém da minha perspectiva, como me comprometo com o mundo à minha volta.



Embora a capa pareça minimal, na minha opinião o símbolo descreve perfeitamente o que se pode esperar quando se ouve o álbum: o temor que malha a luz. Quem o desenhou e o que representa exactamente?

Pertence a uma série de seis partes, a memento mori do século XVII como considero ser. Sempre me senti atraído por estas imagens medievais da pós-reformação e xilogravuras que lidam com a morte. Originalmente, queria-a como uma tatuagem mas começou a fazer mais sentido como capa do álbum. Adicionamos a mão no meio, isto representando o puritanismo e a tentação.



Têm um dvd editado, “All Empires Fall”. Pode ser difícil ser objectivo como estão por “dentro” mas pensam que o esforço posto na sua produção captura mesmo bem o que a banda deseja transmitir no formato ao vivo?

Pessoalmente, penso que é um dos melhores dvd de espectáculo alguma vez editados e eu digo-o sinceramente. Os ângulos de câmara e estilo em que é filmado são sem qualquer dúvida algo novo e inovativo e pode aguentar visualizações repetidas. Até agora, todos parecem tê-lo apreciado.



Poderá haver um fim amargo mas a vossa música está longe disso. Agradeço as respostas e desejo-vos tudo de bom. Espero vê-los em Portugal o mais depressa possível. Keep the spirit inflamed!!!

Como sempre. Alegria e força. Bloodied yet unbowed to the bitter end.

entrevista publicada na "Versus Magazine"