terça-feira, 9 de março de 2010

Magnacult "Synoré"

Ao vermos a capa, ficamos a ponderar no usual pois nos mostra uma paisagem devastada, estéril a não ser por uma personagem fantasmagórica que o agrupamento parece interpretar como Magna, o poder final da sabedoria, tolerância, amor, compaixão e paz. No entanto, Magna também possui a força da pura agressão: Synoré.
Sim, é sempre bom quando nos é apresentado um conceito gráfico que nos leva por um caminho já aborrecido e, ao ouvirmos a criação sonora sermos surpreendidos por algo que foge aos preceitos normais do que dita a moda, ficando-se a pensar onde é que a arte criada pelo agrupamento nas músicas que se seguem nos irá levar.
Magnacult, tem aqui o seu debut, Thrash/Death técnico com várias pitadas do que se institucionalizou como Metal moderno, tempestuosamente farfalhudo (leia-se groove) apresentado com rajadas inebriantes atrás de rajadas dissonantes, que nos impõe algo que poderia brutalizar até o céu mais escuro e raivoso que surgisse.
Surgindo dos países baixos com uma vontade ferrenha em verter o seu ácido muito próprio pelo underground, o agrupamento consolida já um lugar de topo nas bandas que actualmente dão os passos certos em relação à prestigiada rodela prateada que quebra o silêncio.
Embora tenham dois dos membros apostando igualmente em outras bandas de qualidade (Sebastiaan, vocalista, rasgando a garganta em Fluff e Tom sendo igualmente guitarrista e vocalista principal em Cypher) e outros que vivem longe, o uso da tecnologia não os prejudica em nada na criação de algo portentoso, que prestigia a cena holandesa e o Metal em geral. Para os mais curiosos, D. (guitarra), Spit (baixo e vocais secundários) e Bionic (bateria) perfazem o quinteto sensação da Rusty Cage Records.
Assim, este lançamento criado por MagnaCult não poderá ser deixado passar ao lado pois nos apresenta uma clara preponderância para futuros lançamentos de qualidade.
(9)

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